quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

Mutações Cromossómicas


Mutações cromossómicas Durante a meiose verificam-se fenómenos de crossing-over que permitem a troca de material genético entre os cromossomas homólogos. Contudo, durante este complexo processo ocorrem erros que devem-se sobretudo à alteração da estrutura dos cromossomas, ou do seu número, afectando muitos genes. Podem ocorrer nos autossomas ou em cromossomas sexuais e provocar anomalias e mal formações no organismo ou até a inviabilidade dele. As mutações cromossómicas podem ser estruturais ou numéricas.


Mutação cromossómica estruturalVerifica-se a manutenção do número de cromossomas levando a alterações no número de genes ou alterações no arranjo dos cromossomas. O tipo de processos que levam a estas mutações estruturais é:

Deleção - Perda de material cromossómico, originando falta de genes no centro ou na extremidade do cromossoma.






Translocação

  • Translocação simples – Transferência de material de um cromossoma para outro não homólogo.

  • Translocação recíproca- são as mais frequentes e consiste na troca de segmentos entre dois cromossomas não homólogos.



Duplicação-adição de um segmento cromossómico resultante do cromossoma homólogo. Desta forma um conjunto de genes surge em duplicado.



Inversão- é a inversão da ordem dos genes resultante da soldadura em posição invertida de um segmento cromossómico.






Mutações cromossómicas numéricas provocam alterações no cariótipo, ou seja no número de cromossomas. Normalmente os organismos

são haplóides (possuem n cromossomas) ou são diplóides (possuem 2n cromossomas). Quando um cariótipo apresenta o número normal de cromossomas (23 pares de cromossomas) diz-se que é euplóide.

Contudo, erros que podem ocorrer durante a meiose podem multiplicar o conjunto de todos os cromossomas originando poliploidias. A p

oliploidia resulta, geralmente, de uma falha na separação dos cromossomas durante a meiose, podendo, em casos raros, resultar da união de um ou mais gâmetas. Podem originar indivíduos cujas células possuem três cópias de cada cromossoma (triplóide (3n)), ou quatro cópias (tetraplóide (4n)). No caso da espécie humana, a poliploidia é letal enquanto que existem espécies de plantas em que a poliploidia não

só viável como conduz à formação d novas espécies.


Em outras situações, os erros na separação dos cromossomas envolvem apenas um determinado par de homólogos, originando aneuploidias. As causas que podem provocar o aparecimento de aneuplodias são:


  • Fecundação de um ovo por mais de um espermatozóide (não ocorreu a polispermia)

  • Falhas na mitose durante a formação dos órgã os sexuais

  • Falhas na meiose que podem conduzir à formação de gâmetas não haplóides

  • Quebra de cromossomas ao nível do centrómero

Podem ser:

Trissomia-» existindo um cromossoma a mais

Monossomia-» faltando um cromossoma

Nulissomia-» não existe nenhum cromossoma

Polissomia-» existe um ou mais cromossomas extras.


A não-disjunção de cromossomas pode ocorrer durante a meiose, mais precisamente na Anafase I ou Anafase II, podendo ocorrer quer na formação de gâmetas masculinos quer na formação de gâmetas femininos. Além disso, a não-disjunção pode envolver tanto os autossomas como os cromossomas sexuais.


No ser humano as aneuploidias mais importantes/comuns são nomeadamente as trissomias. As mais importantes que podemos distinguir são:



Trissomia 21 ou síndrome de Down

Ocorre no cromossoma 21 e conduz a modificações fenótipicas que se fazem sentir em diversos pontos do organismo. Os indivíduos que apresentam este tipo de aneuploidia possuem atraso mental com graus muito variáveis, malformações cardíacas, elevado risco em desenvolver leucemia e Alzheimer.






Trissomia 18 ou Síndrome de Edwards

Ocorre no cromossoma 18 e é uma trissomia muito rara. Apresentam um elevado número de anomalias, como por exemplo, deformações do ouvido, malformações cardíacas e severo atraso mental. A maioria destes indivíduos apenas s obrevive poucos meses.



Trissomia 13 ou Síndrome de Patau

Ocorre no cromossoma 13 e é uma trissomia muito mais rara que a de Edwards e à semelhança do síndrome de Edwards, estes indivíduos manifestam profundas alterações morfológicas e fisiológicas. Apresentam alterações do lábio, malformações cardíacas, polidactilia (anomalia causada pela manifestação de um alelo autossómico dominante com penetrância incompleta, consistindo na alteração quantitativa anormal dos dedos da mão) e profundo atraso mental. Sobrevivem apenas alguns meses.


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